Em carta, homem preso em Itaquaquecetuba diz ter matado policial militar.
Em outro documento, facção teria ordenado execução dos PMs
A polícia de São Paulo divulgou documentos que comprovariam que uma facção criminosa mandou executar policiais. Os documentos foram encontrados na casa de Cícero Machado Lopes, que foi preso nesta terça-feira (27) em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas na região de Mogi das Cruzes, região metropolitana da capital. A polícia chegou até ele por meio de uma denúncia.
Entre os documentos encontrados, está uma carta manuscrita em que supostamente Cícero relata ter matado um policial militar. Outro documento, atribuído a uma facção criminosa que age a partir dos presídios, seria uma determinação para execução de policiais militares. A contabilidade do tráfico também estaria entre os papéis apreendidos.
Desde o início do ano, 95 policiais militares foram mortos no estado; 76 deles estavam na ativa, mas a maioria morreu em dia de folga. Uma das vítimas é soldado Joaquim Cabral de Carvalho. A morte dele pode ser esclarecida depois da prisão de Cícero. Segundo a polícia, uma das cartas supostamente encontrada na casa de Cícero traz detalhes do assassinato do PM, que teria sido provocado por causa de um som alto em um baile funk.
Cícero cumpria pena por tráfico de drogas, mas teve permissão para sair da cadeia no Dia das Mães e não voltou mais. Exames grafotécnicos vão apontar se foi ele mesmo que escreveu a carta com detalhes da morte do soldado. O delegado que investiga o caso acredita que a história seja verdadeira.
"Nós levantamos no nosso sistema um boletim de homicídio doloso de um policial militar ocorrido uma semana antes desta carta ter sido escrita. Portanto, pode haver uma relação, mas isso tem de ser checado na delegacia que está com o caso da morte do policiail", afirmou o delegado Paulo César Gasparoto.
A polícia informou também que no momento da prisão Cícero tentou usar uma certidão de nascimento falsa para escapar do flagrante.
Fonte: G1
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