Ontem, 28 de novembro, o maior guitarrista de todos os tempos faria 70 anos de idade se ainda estivesse vivo. Johnny Allen Hendrix, como era chamado pela mãe, ou James Marshall Hendrix, como foi registrado pelo pai, ou apenas Jimi Hendrix, como ficou eternizado na história da música, é considerado por diversos críticos, músicos e apreciadores de boa música como o maior guitarrista da história do rock e um dos mais influentes músicos de seu tempo.
Hendrix, que nasceu em Seatlle nos Estados Unidos em 27 de novembro de 1942, ganhou o primeiro instrumento de seu pai, um ukelele, quando tinha 16 anos de idade. Negro, pobre, tímido, sensível e canhoto, se aventurou nas Forças Armadas, juntando-se à 101ª Divisão Aerotransportada, servindo por cerca de um ano como paraquedista. Ele quis servir na guerra do Vietnã, mas foi dispensado antes. De certo modo esteve lá, pois suas músicas se tornaram as mais ouvidas entre os combatentes durante a guerra.
O guitarrista mais influente da história era dono de uma técnica única e que estava à frente de qualquer outro músico de sua época. Até hoje é difícil ouvir algum guitarrista com o mesmo feeling, técnica e alma que Hendrix. Sua técnica é indiscutível. Jimi tinha mãos tão grandes que conseguia tocar partes rítmicas com o polegar e solos simultaneamente. As bases de suas músicas eram compostas pela mistura do blues, funk, acid-rock, tornando tudo um rock-psicodélico único e inconfundível. É impossível não identificar uma riff ou solo de Hendrix. O que ele fazia com seus amplificadores distorcidos, efeitos crus e ao mesmo tempo exagerados, não consegue ser reproduzido hoje, mesmo com todo o avanço tecnológico. Hendrix tocava com a alma e era sacana. Estuprava a guitarra como quem tivesse tido permissão para isso. Era exagerado e chocava o público, como na mítica apresentação em que incendiou sua Fender Stratocaster no Monterey Pop Festival, filmada pelo documentarista D.A. Pennebaker, ou em Woodstock tocando sua guitarra com os dentes e arrebatando uma multidão com a famosa interpretação do hino dos Estados Unidos.
Era um showman com todas as qualidades possíveis para que pudesse ocupar esse cargo. Tanto que quando começou a ficar em evidência na cena musical, outros guitarristas como Eric Clapton (Cream) e Pete Townshend (The Who) constataram e sentiram-se ameaçados. O que é mais instigante em Hendrix, é quando pensamos o que ele poderia estar fazendo hoje, se vivo. O que importa é que esse ícone supremo da música, e não só da guitarra, deixou um legado presente até os dias de hoje, mesmo após os 42 anos de sua trágica morte aos 27 anos de idade.
Fonte: Whiplash
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