terça-feira, 30 de outubro de 2012

BRASIL - `Bancada da bala´ relata ataques na campanha e medo de virar alvo de criminosos




Eles foram barrados em certas áreas durante a campanha. Em carreatas, foram hostilizados. Simpatizantes não colavam seus adesivos de propaganda em carros por medo de represália. Paulo Telhada (PSDB),  Conte Lopes (PTB) e Álvaro Camilo (PSD) são PMs aposentados e se elegeram vereadores em São Paulo, com o grupo sendo batizado de "bancada da bala". 

Eles afirmam que o cargo público aumenta ainda mais a imagem de "alvos em potencial" em meio à onda atual de violência entre policiais e a facção criminosa PCC em São Paulo. 

Artigos após suas eleições destacavam que Telhada e Lopes, dois ex-comandantes da Rota, tinham somados 77 mortes em seus currículos policiais, muitas delas registradas como "resistência seguida de morte".

"Eu desconheço esse número", afirmou Telhada em um dos vídeos acima. Já Conte Lopes, que foi deputado estadual por seis mandatos (1986 a 2010), diz que prefere ser "da bancada da bala que da bancada da mala"

Por seu lado, Álvaro Camilo, que tem apenas dois feridos em sua carreira, foi o comandante da Polícia Militar entre 2009 e 2012, estando no comando durante operações polêmicas, como as ações na Cracolândia, Pinheirinho e da reitoria da USP.

Em entrevista no estúdio do UOL, os vereadores comentaram sobre a situação da segurança pública na cidade e no Estado e apresentaram propostas para melhorar a área com medidas municipais.

Telhada e Camilo estreiam na política após irem para a reserva nos últimos meses. Os dois usaram a patente de coronel em seus nomes eleitorais.

Telhada, quinto vereador mais votado na cidade (89.053 votos), foi notícia desde o início de sua campanha. Uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", com o título "Ex-chefe da Rota vira político e prega violência no Facebook" e assinada por André Caramante, gerou uma série de ameaças de morte ao repórter após Telhada criticá-lo para seus seguidores em sua página na web.

Para o UOL, o ex-comandante da Rota nega responsabilidade e fala em "auto-promoção" do jornalista, que continua escrevendo sobre sua especialidade para o jornal, mas está no exterior para a proteção sua e de sua família.

Fonte: Uol

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