quinta-feira, 12 de julho de 2012

MATERIA DO DIA - Roça'N'Roll




Os palcos do evento foram nomeados de "Sete Orelhas" e "Tira-Couro" em homenagem a Januário, tendo o primeiro levando esse nome por seu apelido, que após o assassinato de seu irmão, jurou vingança, matando os sete assassinos. Após concluir a morte dos sete, ele arrancou uma orelha de cada, e com as sete fez um colar. O "Tira-Couro" foi nomeado com base no apelido da figueira onde o irmão de Januário foi amarrado, morto e teve a toda pele do corpo retirada.


Esse foi apenas um dos atrativos do evento, e a Metal Brasil esteve lá pertinho para conferir o que de melhor aconteceu:


DZK
O primeiro show que pude conferir foi o do DZK, a banda de Punk Rock que foi formada no inicio dos anos 80, continua excelente, mandando um som firme e maduro. A Banda traz em suas letras mensagens duras contra a sociedade capitalista, a guerra e aos problemas sociais que enfrentamos. Um excelente show, e que deixou muitos bangers contentes com sua ótima presença de palco.


DEADLINESS
Enquanto o DZK mandava um ótimo som em um dos palcos principais, a banda mineira oriunda de Itaúna-MG, Deadliness estava realizando seu show na tenda combate, a banda fez um grande show, nota-se um Thrash Metal firme e sem firulas. Mesmo não tendo como ter acompanhado todos shows da tenda, com certeza esse foi um dos melhores.


LOTHLÖRYEN
Divulgando músicas do novo álbum "Raving Souls Society", mas sem esquecer dos seus antigos trabalhos, como o excelente álbum "Some Ways Back No More" lançado em 2008, a banda mineira Lothlöryen, como previsto, fez um excelente show. Vale ressaltar que a banda sofreu alterações no vocal em 2010, o novo vocalista Daniel Felipe entrou na banda e conseguiu atender as expectativas.


CARRO BOMBA
A banda paulista de Heavy Metal, Carro Bomba também marcou presença no roça. Divulgando seu novo álbum intitulado "Carcaça", mas trazendo também faixas de álbuns anteriores, como o clássico "Nervoso" de 2008, a banda realizou um show com bastante energia e peso. Com letras cantadas em português, a banda proporcionou um excelente show demonstrando a força do Heavy Metal Nacional.


MAESTRICK
Maestrick traz uma proposta diferente da habitual de muitas bandas, e é exatamente por essa proposta diferencial, somada a outros fatores, que a banda se destaca.
É classificada como uma banda de Progressive Heavy Metal, porém ela traz elementos espontâneos que a caracteriza e diferencia de outras bandas Prog.
Instrumentos tipicamente regionais como a Viola Caipira são muito bem mesclados com os instrumentos clássicos, e tornam as músicas modernas e inovadoras.
Com músicas que variavam entre a agressividade e a leveza, o Maestrick fazia seu show no Roça'N'Roll e surpreendia a muitos. Uma excelente banda fez um grandioso show.


DOMINUS PRAELLI
A banda paranaense Dominus Praelli foi talvez a grande surpresa do evento, possuindo notável presença de palco e agitando a todos os bangers presentes no evento.
Um Heavy Metal de extrema qualidade associado a uma presença da palco impecável resume o show da banda.


KERNUNNA
Muito se esperava do novo projeto de Bruno Maia (ex-vocalista do Tuatha de Danann), Kernunna que faria sua estreia no festival.
O Kernunna fez uma apresentação memorável, a união eficaz entre celta, heavy metal, e rock progressivo faz do Kernunna uma banda com enorme potencial, como era esperado pela seriedade e qualidade de trabalhos anteriores realizados por Bruno Maia.
O Show se resumiu a composições próprias do Kernunna e outras músicas do Tuatha. Vale destacar que as músicas do Kernunna são excelentes, e foram muito bem recebidas pelo público.


SAMAEL
Para felicidade dos fãs de Black Metal, a banda Suíça de Black Metal, Samael, veio ao Brasil pela primeira vez para tocar no Roça'n'Roll. O debut da banda "Workship Him" lançado em 1990 é considerado um dos maiores clássicos do Black Metal.
A banda realizou uma apresentação empolgante para os fãs, levando-os ao delírio.
Após o término do Show, foi exibido nos telões o documentário sobre o "Sete Orelhas", criado pelo organizador do evento e vocalista do Kernunna, Bruno Maia, contando com o apoio da Prefeitura Municipal de São Bento Abade (MG).


GRAVE
Com o fim da exibição do documentário sobre o "Sete Orelhas", chegou a vez de uma das atrações mais esperadas pelo público, a lenda do Death Metal Sueco, Grave.
Fazendo um som de extrema qualidade, o Grave levantou o nome da Suécia, e também o público, um show perfeito.
Quando tocaram "Into The Grave", o público se agitou demais, uma performance incrível.
O Show foi tão bom, que foi considerado por muitos como o melhor show do festival.





SHAMAN
O Shaman iniciou em 2002 como uma excelente banda, com André Matos no vocal, lançaram um clássico, o álbum "Ritual", que conta com diversas faixas excelentes, dentre elas Fairy Tale.
Porém com a saída de André Matos em 2006, a banda perdeu também outros integrantes, restando apenas o baterista Ricardo Confessori, que conseguiu reunir bons músicos e reerguer o Shaman. A banda então passou a ser composta por: Tiago Bianchi (vocal), Léo Mancini (guitarra) e Fernando Quesada (baixo)
No Roça'n'Roll eles fizeram um grande show, intercalando músicas da antiga formação com a nova, o que deixou os fãs de ambas fases da banda contentes, tornando o show bem agradável, com uma boa presença de palco.


DR SIN
Pela segunda vez consecutiva, o trio composto por Edu Ardanuy, Ivan e Andria Busic foram ao evento e mandaram um Hard Rock/Heavy Metal de qualidade, e protagonizaram um dos melhores shows do evento.
Executando clássicos como "Fire" e músicas do mais recente lançamento da banda,"Animal", lançado em 2011, a banda fez o público 'esquecer' o frio, e bangear ainda que envolto em seus cobertores.
Para finalizar com chave de ouro, a última música a ser executada foi "Futebol, Mulher e Rock'n'Roll".





NERVOSA
Para encerrar o evento, o trio feminino do Nervosa composto por Fernanda Terra, Fernanda Lira e Prika Amaral fez um show espetacular demonstrando a força feminina no metal.
Palhetadas e riffs rápidos, músicas agressivas com temas líricos relacionados a injustiça social, resumem o Nervosa.
O Trio fez uma apresentação repleta de agressividade e qualidade típica do Thrash Metal, o que facilitou para a boa interação com o público, a vocalista esteve incentivando a todo momento o público a moshear e também a fazer o Wall Of Death.
Tocando "Masked Betrayer" encerraram assim o show, e consequentemente mais uma edição do tradicionalíssimo festival mineiro que na próxima edição completará 15 anos de existência.


Fonte: Whiplash

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