terça-feira, 10 de abril de 2012

MATERIA DO DIA - Lollapalooza

DE CHICAGO A SÃO PAULO: LOLLAPALOOZA TERMINA COM SALDO POSITIVO






Quando chegar a hora de anunciarem as atrações do Lollapalooza 2013, uma memória afetiva gostosa vai tomar conta dos fãs. Este ano, eles mataram a vontade de longa data de ver o Foo Fighters, curtiram o show do Arctic Monkeys e dançaram um monte na tenda eletrônica do Jockey Club, em São Paulo, local onde foi realizado o festival neste fim de semana - sábado, 7, e domingo, 8. 


O Lollapalooza entregou aquilo que tinha a missão de trazer da matriz de Chicago. Foram 24 horas de apresentações de qualidade e atrações altamente relevantes para a cultura musical. Veja abaixo alguns destaques da programação deste segundo dia de Lollapalooza. 






Palcos principais 


O Arctic Monkeys foi escalado para fechar o festival, mas quis o destino (ou seja lá o que for que atrasou tanto o início do show dos Racionais MC’s) que fosse o grupo de rap a atração de encerramento. Ainda assim a maioria do público que ficou até o final se encontrava em frente ao palco Cidade Jardim para ver os britânicos. O grupo optou por equilibrar bem músicas novas, do disco Suck It and See, e hits mais do início da carreira, como “I Bet You Look Good on the Dancefloor”, que ajudou a banda a estourar. 


Antes disso, no palco Butantã, o anfitrião Perry Farrell, acompanhado de Dave Navarro e os outros integrantes do Jane’s Addiction, fez um show pesado e cheio de performances teatrais. “Underground”, “Been Caught Stealing” e “Just Because” foram algumas das canções no setlist. 


O indie foi mesmo o foco da noite. Além do headliner, quatro representantes – cada um à sua maneira – do estilo tiveram localização privilegiada no line-up de bandas. O Foster the People fez uma apresentação parecidíssima com as outras, menores, que realizou no Brasil (leia aqui sobre a do Cine Joia). O destaque foi o final, claro, com o hit “Pumped Up Kicks”, mas o público mostrou conhecer bem o resto do repertório. O Manchester Orchestra, menos conhecido no Brasil, causou impacto mais modesto, mas reuniu bastante público ainda assim. Foi bem verdade que eles não tinham muita concorrência nos outros palcos, mas mesmo quem estava ali apenas para conhecer saiu satisfeito com a intensidade e variedade rítmica do grupo. Já o Friendly Fires fez mais o estilo indie rebolante. Com seus hits como "Jump in the Pool" e "True Love", o grupo liderado pelo carismático vocalista Ed Macfarlane empolgou bastante. 


O MGMT, com seu som calcado na psicodelia, optou pelo caminho das luzes indiretas e uma mistura de hits – recebidos com muita alegria - e jams que podiam ser anticlimáticas em alguns momentos. A longe music do Thievery Corporation ficou um pouco deslocada na escalação e o gipsy punk do Gogol Bordello foi capaz de agradar e divertir mesmo um grande público que não necessariamente estava familiarizado com a sonoridade do grupo. 


Os representantes nacionais dos grandes palcos foram os baianos do Cascadura e a Plebe Rude, que fez um tributo ao punk nacional, relembrando inclusive Redson, líder e fundador do Cólera, que morreu no fim do ano passado. 






Palcos Perry e Alternativo 


O palco Perry recebeu atrações de peso nesse segundo dia. Dentre os nomes, estava o Racionais MC’s, responsável pela maior polêmica do festival. O grupo atrasou uma hora para começar, mas levou o que era esperado. Uma boa dose de hits, mais de 20 convidados e até uma homenagem ao senador Eduardo Suplicy fizeram parte do roteiro. O DJ mais falado do momento, Skrillex, também deu as caras. Um dos grandes nomes da música eletrônica atual, ele conseguiu atraiu mais gente do que cabia na tenda. Antes dele, o britânico Tinie Tempah, revelação do rap, mostraou algumas de suas músicas, incluindo o super hit “Written in the Stars”, para um público empolgado. Daniel Brandão, King of Swingers e Killer on the Dancefloor também fizeram sets. 


O espaço Alternativo foi tomado por alguns “monstros” neste domingo, 8. O quinteto santista Garage Fuzz mostrou seu hardcore puro e clássico e se divertiu como se 20 anos de carreira já não tivessem se passado. Outro “dinossauro” foi o Velhas Virgens. O grupo musical mais escrachado e politicamente incorreto do Brasil mostrou ao público do festival suas letras sobre mulheres, bebida e outros temas “de macho” sobre os quais eles cantam. De representantes brasileiros, o Black Drawing Chalks (que canta em inglês), Suvaca e Blubell completando o line-up.


Fonte: http://www.rollingstone.com.br/especial/heineken/noticia/de-chicago-sao-paulo-lollapalooza-termina-com-saldo-positivo/

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