Inquérito sobre PanAmericano mostra doações ocultas a partidos
Entre as peças mais explosivas do inquérito da Polícia Federal que apura o socorro ao
PanAmericano, está um relatório de auditoria sobre "doações ocultas a partidos políticos"
, informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete.
Inquérito da PF sobre PanAmericano aponta contato de Gushiken
Os investigadores alimentaram essa pasta com e-mails em que executivos do banco falam
abertamente de negócios fechados e em tratativas com lideranças dos três maiores partidos
do país: PT, PMDB e PSDB.
Numa das mensagens, de 2009, Guilherme Stoliar, sobrinho e braço-direito de Silvio Santos,
afirma que o tio "ficou de boca aberta" ao saber dele quais eram "os amigos" que ajudariam
a concretizar a venda de parte do banco à Caixa Econômica Federal.
Os e-mails em poder da PF revelam, também, que o PanAmericano estava preparado para bater
à porta do Banco do Brasil caso a transação com a Caixa, selada no final de 2009, não
tivesse sido concretizada.
Em novembro de 2010, menos de um ano após a aquisição, veio à tona um rombo de R$ 2,5
bilhões --mais tarde recalculado para R$ 4,3 bilhões--nas contas do banco de Silvio
Santos.
O escândalo foi um dos motivos que levaram à troca de quase todo o primeiro escalão da
Caixa na passagem do governo Lula para Dilma.
Retirada www.uol.com.br
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