sábado, 12 de abril de 2014

Roger, do Ultraje: “a gente não saiu da ditadura”

Com mais de meio milhão de seguidores no twitter e protagonizando o programa “The Noite”,  no SBT, ao lado de Danilo Gentili, Roger Moreira, 57, está revivendo o sucesso.

Conhecido pelo deboche e pela verve iconoclasta, ganhou fama nos anos 80 à frente da banda de rock Ultraje a Rigor, emplacando hits como “Inútil”, “Mim quer tocar” ou “Nós vamos invadir sua praia”.

Depois Roger andou meio esquecido, com aparições pontuais nos holofotes como por exemplo em 99, por conta da edição da G Magazine que o trazia nu.

O programa “The Noite” estreou há um mês e vem ganhando uma boa audiência. Atingiu 5,5 pontos no ibope, quando a média no horário anterior a sua estreia era de 4. Já venceu Jô Soares por três vezes.

Para muitos, a parceria de Roger com Gentili, selada em 2010, quando este apresentava um talk show na Band, antes de levá-lo ao SBT, simbolizava a decadência do Ultraje. Mas Roger nunca considerou que a banda fosse mero apoio ao programa, como acontece com os músicos de Jô.

São várias suas intervenções durante as entrevistas. Há um mês a apresentadora Rachel Sheherazade cantou em duo com ele “Nós vamos invadir sua praia”, em um dos pontos altos do “The Noite”.

Fui entrevistá-lo no camarim do estúdio do programa, no SBT. A ideia era desfiar seu pensamento político, revisitando as letras de suas canções, que tanto sucesso fizeram em outro tempo. Eis a conversa:

*

Você ainda acha que “a gente somos inútil”?

Eu acho. Quando fiz essa música estava voltando dos Estados Unidos, onde fui morar em 79. Tomei um baque grande de ver o que era a democracia de verdade. A gente ainda estava no finzinho da ditadura, a maioria não fazia ideia e nem hoje faz do que seja realmente uma democracia. Tudo aqui é uma merda. Quando vamos mudar o padrão de uma tomada, ao invés de adotar o padrão internacional, inventamos um padrão esdrúxulo.

E o que é uma democracia?

Um governo orientado para satisfazer o povo, por exemplo. Não como aqui onde predomina o favor e o paternalismo. Lá, quando a população tem necessidade, ela exige que seja atendida. É o lance do capitalismo funcionando direito, todos têm chance. Cheguei como estrangeiro, só pegava empregos que ninguém queria como garçom, lavador de prato, diarista. Ganhava bem, levava uma vida boa. É o que acontece com qualquer brasileiro que vai para lá, ele aprende rapidamente porque é um passo pra cima. Lá ninguém joga lixo no chão. O problema é que quando o brasileiro volta pra cá, ele esquece disso.

Estamos numa democracia?

Estamos em uma democracia fingida como na Venezuela. Não é só porque tem votação que tem democracia. Não é porque a maioria quer que isso é democracia. A democracia prevê um embate das forças e alternância de poder. E aqui há diversos subterfúgios, inclusive de dar dinheiro pro povo, espécie de coronelismo que sempre existiu.

Então nos Estados Unidos a vida é melhor?

Morei lá com minha irmã, que tinha bronquite. Quantas vezes não fomos atendidos gratuitamente no hospital. Aqui não, se você vai ao hospital público vê todo mundo morrendo, deitado no chão. Eu não, claro, graças a Deus, porque tive estudos. Não por isso sou menos brasileiro, a esquerda está sempre tentando jogar uns contra os outros.

E por que você voltou, então?

Saí de lá sinceramente porque não queria essa vida pra sempre, não usava minha cabeça pro trabalho, era só o braçal. Também senti falta de minha cultura, mas na volta senti esse baque e comecei a notar que o Brasil não funciona por causa do brasileiro. Há um vício de colocar a culpa em alguém, de esperar que o governo resolva, de não assumir. Na letra de “Inútil” usamos o português errado, porque aqui não tem educação direito.

“A gente não sabemos escolher presidente”, ainda?

Ainda não. Praticamente todos os partidos estão do mesmo lado pra começo de conversa. Os políticos prometem de tudo e o povo brasileiro meio que aceita. A gente tem essa mania histórica de corrupção e preguiça, uma série de más qualidades que fingimos que não vemos. Em português claro, o brasileiro merece tomar uns pitos de correção e não tem quem vá fazer isso porque político só rouba e promete, e trata o povo como se fosse coitado. A segunda frase desta música é “a gente não sabemos tomar conta da gente”. A gente não sabe se administrar.

O que precisa ser feito?

A gente tem que tomar as rédeas do sistema. Mas está tão corrompido que a gente nem sabe qual é esse caminho.

O país melhorou?

Melhorou. A gente saiu de uma ditadura e passou a fazer eleição direta. Mas agora estamos regredindo rapidamente sem perceber, pro ponto que a gente estava.

Como assim?

Entrei na escola em 64, naquele tempo a aula de história era muito orientada, só os melhores momentos eram apresentados e ainda assim de forma deturpada. Hoje é assim só que ao contrário. Continua a deturpação, só que por outro lado.

Dê um exemplo.

O caso da Raquel Sheherazade, que foi afastada, em férias compulsórias durante um tempo por conta de uma ação movida pela deputada Jandira Feghali (PC do B). Então é censura, só que por outro lado. Parece que desde os anos 30 mudamos de uma ditadura para outra, sempre disfarçando de democracia.

Mas a Sheherazade pisou na bola?

Ela não falou nada de mais. Ela disse que era compreensível quando amarraram um ladrão no poste. Compreensível significa que eu entendo a revolta da população que não agüenta mais ser roubada. Não quer dizer que eu ache que todo ladrão deva ser amarrado, mas interpretaram dessa maneira.

Você acompanhou os protestos de junho?

Não tenho mais idade para isso. Mas apoiei, achei legal. Pena que esvaziaram de maneira brilhante colocando black blocs na rua e com os políticos convocando reuniões, como sempre fazem. Vamos mudar de assunto, nada aconteceu, agora tem Copa e carnaval, tem sido assim de ditadura em ditadura.

O governo Lula foi bom para o Brasil?

Sinceramente acho que foi ruim, o que ele fez foi manter a inflação estabilizada com um programa que vinha do governo anterior. O que ele mais fez foi demagogia o tempo inteiro. Dizem que elevou a classe c mas pra falar a verdade não sei se isso não aconteceria naturalmente com o dinheiro estabilizado.

A ascensão da classe c não é um avanço?

Sem dúvida. Mas o pessoal acha que isso aconteceu porque o governo foi bonzinho com a gente. E pensam assim, “agora não sou mais miserável, porque posso comprar TV”. Errado, o contrário da miséria é o conhecimento, não é só comer e tal. Lula botou na cabeça do brasileiro essa luta de classes que não era pra existir. Fez o povo acreditar que quem tem dinheiro é contra os pobres.

E Dilma?

Se o país estivesse progredindo ok, mas não está. Estamos parados. E o Bolsa Família, que era para ser um analgésico, vai continuar para sempre, para garantir os 40% de votos que ela necessita para ser reeleita.

Como você se define politicamente?

Voto normalmente pra coisa ficar equilibrada. Esse é o segredo da democracia, se o poder está pendendo muito pra direita, é bom calibrar um pouco pra esquerda, e vice-versa. De todo jeito, sou mais pelo indivíduo do que pelos grupos – na coletividade, sempre tem a desculpa de que “a culpa não é minha, é do grupo”.

O que você defende?

Como força política acredito no liberalismo capitalista. Vivi isso, sei que funciona e não é só nos Estados Unidos. Na China, que é comunista, investiram pesado e estão na liderança do mundo. Gosto da ideia de que quanto menos interferência do Estado, melhor. Ele tem que regular, fiscalizar, mas não gosto da burocracia.

Que reflexão faz sobre os 50 anos do golpe militar?

Após tantos anos de ditadura criou-se a ideia de que a esquerda é tudo de bom, de que é boazinha e tal. Não vejo assim. Qualquer esquerda, não só a brasileira, é uma merda falida, com uns exemplos como Fidel Castro que socializou a miséria. Todo mundo quer é igualdade na riqueza. Isso não é fútil, as pessoas querem conforto e serviços. Agora aqui todo mundo só quer o direito, não quer os deveres.

E o que dizer sobre a direita?

A direita aqui é inexistente. A esquerda gosta de associar a direita a torturadores militares ou a Hitler, como se eles fossem o único tipo. Mas veja não sou de direita, tenho valores da direita e da esquerda, por incrível que pareça.

Exemplos.

Por exemplo cultivo um valor de direita que é a honestidade. A esquerda acha que tudo bem você ser desonesto, pra fazer supostamente um bem maior. A meritocracia por exemplo também é uma coisa mais à direita e acho que está certo. Agora, quando você não tem as mesmas chances, aí estou mais pra esquerda. Outra posição de esquerda: hoje em dia acho que deveria liberar a maconha porque não vejo muita diferença entre ela e o álcool. Não uso mais, nenhum dos dois.

Como viveu o período da ditadura?

Olha eu cresci durante a ditadura, mas não via nada disso. Tive uma infância super tranquila. Já na adolescência comecei a saber sobre bombas e atentados, mas não tinha conhecimento político, pois não se falava a respeito na escola e meus pais não eram tão ligados. Eu ouvia falar em terrorismo, comunismo e subversivos, pra mim era tudo mais ou menos a mesma coisa. Mas quando comecei a prestar atenção, percebi que havia receita de bolo nos jornais ou um filme que demorava muito para chegar.

Agora, naquele tempo a gente falava a mesma coisa que hoje em dia: não há interesse em dar educação ao povo porque quanto mais burro, mais fácil de controlar. Então vou dizer que era muito mais seguro nas ruas naquele tempo. Meus pais não sofreram perseguição e nem seus amigos. A gente só sabia que estavam censurando. Só fui conhecer mesmo a realidade no colegial, e depois na faculdade. Não estou elogiando a ditadura. Já era ruim só que hoje é a mesma coisa.

A mesma coisa?

Hoje em dia me parece que piorou até, porque tem censura também, e antes não tinha o brasileiro contra o brasileiro como tem hoje em tudo que é lugar. O deputado Jean Willys por exemplo, talvez tenha boas intenções mas acho ele uma besta, sinceramente. Isso que ele faz é incitação de classes, não sei se conscientemente ou não, de gay contra hétero, de homem contra mulher, de pobre contra rico.

Será? Você parece muito desiludido.

A gente achava por exemplo que não ia mais ter “Hora do Brasil”, e continuou. Por que? Assim como o horário gratuito eleitoral. A geração de 80 foi muito feliz porque todo mundo achava que ia sair da idade das trevas, que haveria um progresso, lutando pela democracia. Mas a gente não saiu da ditadura e agora estamos vivendo um período de ditadura do proletariado. Estão aparelhando tudo, roubando paca. Tanto tempo no poder é perigoso. Pra mim tanto faz porque estou com a vida ganha de certa forma, tenho uma vida de classe média alta porque graças a Deus trabalhei por 30 anos e soube economizar.

Você sofre preconceito na classe artística por conta de suas opiniões?

Não, pra minha surpresa a maioria está do meu lado. Tem um ou outro enganado que foi pro outro lado. Naturalmente estou mais próximo dos artistas de minha geração, como a turma do Casseta, o Lobão, Paralamas. Entre a velha guarda a convivência é pacífica.

Como era nos anos 80?

Naquele tempo estávamos todos do mesmo lado contra a ditadura. Hoje em dia ganhei consciência da ditadura quando comecei a dar minhas opiniões no twitter. De repente apareceu uma patrulha ideológica de esquerda, cheia de militante virtual, que eu não sabia que existia. Sempre falei mal do governo mas agora estão me xingando. É ridículo.

Você lê muito? Como se informa?

Já li muito. Andersen, Grimm, quando criança. Muito gibi. No colegial li coleções inteiras sobre filósofos, muita ficção científica e muitas crônicas. Hoje em dia quase não consigo ler pois tenho déficit de atenção. Começo vários livros mas não termino nenhum. Mas leio jornais e fico na internet vendo links e blogs.

Como você e Danilo Gentili se conheceram?

Quando o Danilo me convidou, em 2010, para seu programa na Band, a gente só se conhecia de twitter. E eu lhe disse, ‘estou quase que me aposentando, já estou brecando na vida, enquanto você está acelerando’.

Qual seu papel no programa?

É servir de contraponto pro Danilo, fazer umas piadas, e basicamente apresentar convidados com a parte musical. Estou adorando pois era fã do ‘The Late Show’ do David Letterman e já sabia o que tinha que fazer no ar. O Ultraje já vivia tirando sarro com um espírito de fundão de escola no ginásio. Encontramos o ambiente propício para fazer a mesma coisa na TV. É bem menos tedioso que fazer show.

Que acha do programa do Jô?

Assistia bastante. Ele aumentou a parte de entrevistas e tal, com relação ao formato do ‘Late Show’. Já o Danilo está chegando mais perto do formato original. Nossa função no programa é muito maior. Embora o programa seja do Danilo, ele funciona justamente porque tem uma turma de pessoas que se identifica com o ambiente. Temos afinidade nas ideias. E não é tudo centralizado no Danilo, nem é objetivo dele, eu por exemplo tenho liberdade de falar o que quiser a qualquer hora. Se a entrevista não está indo bem por exemplo, se o entrevistado é tímido ou só responde monossílabo, a gente interfere.

Fonte: Blogdomorris

sexta-feira, 11 de abril de 2014

PT vai ao STF para tentar impedir abertura da CPI da Petrobras

A senadora Ana Rita (PT-ES) protocolou nesta quarta-feira (9) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança para tentar barrar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. O PT pede a suspensão da CPI até que o tribunal esclareça se fatos diversos podem ser incluídos na investigação.

Mais cedo, a CCJ do Senado aprovou a extensão das investigações para o Metrô de São Paulo, a construção do Porto de Suape e a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, como queria o governo.

O mandado de segurança com pedido de liminar (decisão provisória) é uma resposta a ação também protocolada no STF pela oposição nesta terça. Os petistas pedem que a mesma relatora, ministra Rosa Weber, analise o pedido.

Há dois pedidos de criação de CPI no Senado, um dos oposicionistas e outro dos governistas. A oposição quer uma comissão parlamentar de inquérito exclusivamente para investigar a Petrobras; os governistas, uma CPI que, além da Petrobras, inclua a investigação de casos suspeitos em estados administrados pela oposição, como São Paulo e Pernambuco.

Gleisi Hoffmann (PT-PR), uma das parlamentares que têm lutado no Senado pela CPI proposta pelos governistas, disse que o objetivo do mandado de segurança é esclarecer se assuntos diversos ao objeto inicial da comissão podem também ser investigados. Enquanto a decisão não for tomada pelo tribunal, o PT pede que Rosa Weber suspenda provisoriamente a instalação das comissões.

"É um mandado de segurança para suspender a CPI com base na questão de ordem, que embora ela tenha fatos determinados, não são correlatos", disse a senadora paranaense. "Queremos que o Supremo tenha todas as informações e base para decidir o que é um fato determinado e o que é um assunto correlato. Infelizmente as coisas ainda não estão esclarecidas em sua totalidade", disse.

Ela alega que a CPI da oposição não tem um único "fato determinado" de apuração, um dos requisitos necessários para a abertura de uma comissão inquérito. Com esse argumento, ela apresentou na semana passada uma questão de ordem contra a CPI da Petrobras, mas acabou rejeitado pela presidência e também pela CCJ.

Fonte: G1

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Arctic Monkeys - One For The Road (Official Video)




One For The Road
One for the road, uh uh
One for the road, uh uh

From the bottom of your heart
The relegation zone
I saw this coming from the start
The shake, rattle and roll

The cracks in black out blinds
Cast patterns on the ceiling, but you’re feeling fine
I thought it was dark outside
I thought it was dark outside

So we all go back to yours and you sit and talk to me on the floor
There’s no need to show me round, baby, I feel like I’ve been here before
I’ve been wondering whether later when you tell everybody to go, will you pour me one for the road?

I knew this would be on the cards
I knew you wouldn’t fold
I saw this coming from start
The shake, rattle and roll

(One for the road)

So we all go back to yours and you sit and talk to me on the floor
There’s no need to show me round, baby, I feel like I’ve been here before
I’ve been wondering whether later when you tell everybody to go, will you pour me one for the road?

The mixture hits you hard
Don’t get that sinking feeling, don’t fall apart
Some out of tune guitar
Soundtrack to disaste

Uh uh
One for the road, uh uh
One for the road, uh uh
One for the road, uh uh
One for the road, uh uh
Uh uh
Uh uh
Uh uh

One for the road, uh uh

So we all go back to yours and you sit and talk to me on the floor
There’s no need to show me round, baby, I feel like I’ve been here before
I’ve been wondering whether later when you tell everybody to go, will you pour me one for the road?

Uma Saideira
Uma saideira, uh uh
Uma saideira, uh uh

Do fundo do seu coração
A zona de rebaixamento
Eu previ isso desde o início
O chocalho agitado

As rachaduras nas persianas pretas
Lançam padrões no teto, mas você está se sentindo bem
Eu pensei que estava escuro lá fora
Eu pensei que estava escuro lá fora

Então todos nós voltamos para a sua casa e você senta e conversa comigo no chão
Não há necessidade de me mostrar ao redor, amor, eu sinto que já estive aqui antes
Fiquei me perguntando se mais tarde, quando você disser a todos para irem embora, você vai me dar uma bebida antes de eu partir?

Eu sabia que isso estaria nas cartas
Eu sabia que você não iria se abrir
Eu previ isso desde o início
O chocalho agitado

(Uma saideira)

Então todos nós voltamos para a sua casa e você senta e conversa comigo no chão
Não há necessidade de me mostrar ao redor, amor, eu sinto que já estive aqui antes
Fiquei me perguntando se mais tarde, quando você disser a todos para irem embora, você vai me dar uma bebida antes de eu partir?

O drinque te acerta
Não fique com aquela sensação de afogamento, não desmorone
Algumas guitarras desafinadas
Trilha sonora do desastre

Uh uh
Uma saideira, uh uh
Uma saideira, uh uh
Uma saideira, uh uh
Uma saideira, uh uh
Uh uh
Uh uh
Uh uh

Uma saideira, uh uh

Então todos nós voltamos para a sua casa e você senta e conversa comigo no chão
Não há necessidade de me mostrar ao redor, amor, eu sinto que já estive aqui antes
Fiquei me perguntando se mais tarde, quando você disser a todos para irem embora, você vai me dar uma bebida antes de eu partir?

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Metallica: Os bastidores da apresentação em São Paulo

Postado por Luciano Piantonni whiplash

Eis que chegava o tão aguardado sábado, 22/03. Fomos para o hotel, e ficamos esperando que a van nos levasse para o estádio do Morumbi.

Isso aconteceu por volta das 14h, e sem muito stress por conta do trânsito, que era muito pequeno, em comparação ao que se tornaria o pandemônio de gente que iria se acumular nos arredores.



Ao chegar, fomos levados ao nosso camarim, que estava muito bem abastecido, e com um ar condicionado muito agradável.

Recebemos nossas credenciais e fomos informados que deveríamos almoçar, porque o restaurante tinha horário para encerrar (o “Metallica catering”, já que tudo recebe o nome da banda…) . Isso ficava no Bar do São Paulo, uma espécie de Bar/camarote de luxo, com uma visão sensacional do estádio, atrás de um dos gols. O interessante é que até os vales eram temáticos e traziam o nome da banda.



Depois de um belo almoço fomos até o palco para que fossem passadas as recomendações para os técnicos.

Por onde você passava, inúmeros seguranças (contratados pela produtora), com os modelos de acesso das credenciais, e muitos cases, com o logo do Metallica. Eram cases em todos os corredores (além de caixas de isopor com os nomes dos integrantes, cada um com suas bebidas preferidas.)

O que mais me chamou a atenção foram as salas com os nomes e logos da banda, sempre com os horários de uso anexados, ou seja, eles tem horário até para beberem água…
A sala mais bacana, ao meu ver, era a “Metallica Tunning Room”, onde eles fazem aquele ensaio pré-show. Entre as indas e vindas por esse corredor, vi a sala aberta, e tudo sendo montado (imagina o tamanho da equipe, sendo tem muito dessas salas…). Legal que eles forram tudo com um fundo preto e colocam os equipos para que eles toquem alguns sons.

No palco vi toda a pirotecnia sendo montada. Inúmeras bombas (se é que podemos chamar assim…), além de “maçaricos” enormes, de onde saem as chamas, que normalmente aquecem até o fundo oposto do estádio!

Também vi como funciona atrás daquela tela de led, que faz parte da plataforma, por onde os músicos entram, com seus “armários gigantes”, lotados de guitarras e baixos. É tão grande que são como mini-camarins dentro do palco, com roupões a disposição, chá, suco, etc…

Enquanto o Raven passava o som, eu me enfiava pelo palco, sacando cada detalhe.



Voltamos para o camarim, e com boa parte do público nas dependências do Morumbi, ficamos só aguardando a hora do show.

Foi aí que percebi que tinha algo de errado com o Metallica. Eles teriam que atender aos fãs do Meet & Greet, mais os convidados da VIP Room, e nada deles chegarem… Um dos responsáveis da equipe do Metallica veio até nós e explicou o atraso, e o show que começaria às 20h em ponto, teve que atrasar uns 20 minutos, sendo que de 30 minutos, eles pediram que passasse para 40, para que não ficasse ruim para o Metallica.

O Raven estava empolgadíssimo, e por mais que as pessoas viessem após o show nos falar que o som estava péssimo, que isso, ou aquilo, os músicos deram o seu melhor. Posso dizer que para quem estava em cima do palco, estava perfeito! O público reagia muito bem ao show, o que empolgava ainda mais.

O Metallica deve ter chego ao Morumbi na metade do set do Raven. James Hetfied não quis nem atender os fãs no M&G e foi direto para o palco para assistir ao show do Raven, atrás da tela e led, onde ficava a bateria do Lars.

Os caras não fazem uma vírgula fora do que é protocolo (eles têm horários até para tomar um copo de água…rs)

A equipe da banda é bacana, uns são malas, mas a maioria está bem distante daquela coisa de “bicho papão”, “ditadores”, que sempre li e ouvi falar… (tanto que eu andava por onde queria. Entrava no meio dos equipamentos no palco, etc…)

O mais de boa, por incrível que pareça, era um dos empresários do Metallica, Mr. Peter Mensch (que ao lado de Cliff Burnstein, são os chefões na Q Prime Inc.!). Ao cruzar com ele na escadas, o mesmo me cumprimentou, super tranquilo.

Voltamos para o camarim, e a assessora pessoal do Lars Ulrich, uma pessoa extremamente simpática, veio nos dizer que o Metallica adoraria fazer uma foto com o Raven, como nos anos 80. A banda desceu e ficamos aguardando ao lado da “Tunning Room”, onde se ouvia a bateria muito alta, e alguns graves dos demais instrumentos. Na hora saquei a música escolhida seria “The Day That Never Comes”, porque a tocaram no aquecimento. Também tocaram “Battery, enquanto aguardávamos.




Alguns seguranças da banda se aproximaram e ficaram nos olhando (mas logo deixaram de bobeira e ficaram tranquilos). O primeiro a vir falar com os caras do Raven, foi James, seguido de Kirk, Trujillo e por último, Lars.

Sei lá, aquilo me soou meio falso, uma vez que eles não fogem uma vírgula do protocolo. É tudo muito ensaiado, estranho… Um senhor que fazia as vezes de “chefão” ficava lembrando a banda que aquilo deveria durar apenas 4 minutos…

Fiz a foto e em segundos, Kirk e Trujillo correram para o palco. Lars foi quem ficou um pouco mais, ao lado de sua esposa, falando com os caras.

Foi nessa hora que cresceu meu respeito pelo Lars, que ao contrário do que pensam, se preocupa pela imagem da banda, e se mostra simpático com todos. James Hetfield é uma espécie de “criança mimada”, que do alto de seus 50 e poucos anos, se mostrou uma pessoa um tanto quanto bizarra, afetado por sua “raivinha”, que alguns disseram ser por causa do atraso para chegar ao Morumbi.

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Enfim, chegava a hora do show do quarteto mais famoso de San Francisco e fui liberado para ver tudo do palco, um sonho que carrego desde 1989, quando os vi pela primeira vez na “Damage Justice Tour”, no Ginásio do Ibirapuera.

Para o espanto de todos, uma chuva monstruosa caiu sobre o estádio, sem polpar até mesmo o palco (chovia forte até na plataforma que fica ao fundo do mesmo), que de uma garoa, evoluiu para isso, ensopando os músicos e quem mais estivesse descoberto no local.



Não tem comparação assistir o show do palco, é de arrepiar, uma vez que a mobilidade é melhor que quando as pessoas ficavam dentro do tal “snake pit” na tour do “Black Album”. Por causa da chuva, me dei o luxo de ficar na parte onde não chovia, ou seja, na direção da plataforma, onde ficava a mesa que cuidava dos monitores e todo o retorno da banda.

Inúmeras vezes vi o James Hetfield fazendo sinais para o responsável, que aumentasse seu retorno (nos ear pluggs), pois ele vinha do lado de onde eu estava e fazia os sinais. Lars Ulrich na única vez que olhou para o pobre rapaz dos monitores, fez sinal que sua “cabeça iria rolar”, num gesto de “cortando o pescoço”…

Veja um trecho de “One” de uma visão bem diferente:

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Fonte: Metallica: Os bastidores da apresentação em São Paulo http://whiplash.net/materias/biografias/200787-metallica.html#.Uz1PLvldWCk#ixzz2xpDOxjwd

A visão que eu tinha do palco inteiro, incluía uma vista privilegiada da bateria do Lars, que ao contrário do que dizem, e eu imaginava, ainda manda bem, sim, sem muito relaxo.

Algo assustador foi num momento onde deveria explodir uma das bombas de efeito, e a mesma se antecipou alguns segundos, dando um susto em todos. James rapidamente olhou para trás e fez sinal para cortarem, pois creio que por causa da chuva, poderia ser muito perigoso.

O set todos conhecem, portanto foram mais de duas horas de Metallica, com a emoção de estar vendo tudo de perto, tudo ali debaixo de seu nariz (via o palco e via o corre-corre da equipe, sempre pronta para resolver todos os tipos de “pepinos”… no caso, secando o palco e os instrumentos, quando eram trocados).



Como profissional, uma experiência e tanto. Como fã, pernas trêmulas o tempo todo!

Não foi muito difícil voltar para casa com um daqueles balões que são jogados em “Seek And Destroy”, ou até mesmo algumas palhetas…

Apesar de ter ficado no palco este ano, e de ter visto os caras nas turnês de 1989, 1993, 2010, mesmo presenciando tudo aquilo de forma “ensaiada”, vale dizer que nem que você fique na grade (agora, é sem me gabar!), lá de cima é tudo muito mágico!

Enfim, não por acaso o Metallica é, sim, uma das maiores bandas do mundo!



Fonte: Whiplash 

Agradecimentos a Luciano Piantonni


terça-feira, 8 de abril de 2014

Exodus entra em estúdio para gravar novo álbum

Banda ícone do trash metal, o Exodus entrou em estúdio para gravar seu novo álbum - o 11º primeiro da carreira. Ainda sem título e previsão de lançamento, o registro será o sucessor de Exhibit B: The Human Condition (2010).

"Estamos na parte da bateria, e tudo segue em bom andamento. Tom (Hunting) está matador! Ele conseguiu fazer o melhor som de bateria até hoje. Vamos iniciar a parte das guitarras após mais uma músicas e alguns b-sides. O trabalho será pesado demais! Estamos mais empolgados do que nunca", disse o guitarrista Gary Holt.

Recentemente o baterista Tom Hunting disse que o novo disco está bem "old school". 

O último álbum do Exodus, Exhibit B: The Human Condition, estreou na 114ª posição da Billboard 200. 

Fonte: Roadiecrew

segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Black Label Society lançou hoje o clipe de My Dying Time,

O Black Label Society lançou hoje o clipe de My Dying Time, o primeiro single de seu novo álbum. “Catacombs Of The Black Vatican” será lançado no dia 7 de Abril nos EUA.

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