Rebecca Thomas criou-se numa família de mórmons, mas não como os que retrata em A Fita Azul, seu filme em cartaz nos cinemas do Brasil. Tinham telefone, fax. Não negavam a tecnologia. De uma maneira que nem ela sabe explicar direito, foi para Los Angeles, porque queria contar histórias, e percebeu que o cinema seria sua mídia. Com A Fita Azul, ela fez sucesso no Sundance Festival. O público de lá adorou seu filme e A Fita Azul - Electric Children, no original - foi vendido para todo o mundo, incluindo o Brasil.
A história é inusitada, para dizer-se o mínimo. Uma garota mórmon engravida e atribui o fato à fita do título, um registro de rock (and roll). Naturalmente que todo mundo ironiza o fato, mas garota insiste na sua versão. E parte para Las Vegas, a capital do jogo nos EUA, em busca da voz responsável por sua gravidez. Como se conta uma história dessas? "Acreditando no inesperado e no maravilhoso", diz a própria Rebecca numa entrevista por telefone.
A entrevista foi realizada durante a Mostra de Tiradentes, onde os filmes, autorais e de "processo" são difíceis de enquadrar num só gênero. O filme de Rebecca também dá a impressão de trafegar por diversos gêneros. Documentário, comédia, drama. Ela prefere condensar tudo isso numa só palavra - "fábula". Diz que A Fita Azul é uma fábula moderna. "O espectador tem de aceitar certas coisas que nunca encarei como inverossímeis, ou impossíveis. Foi minha maior dificuldade durante toda a realização. Esse filme necessita de um tom, e eu pensava - será que estou contando minha história da maneira correta? No limite, descobri que o que eu necessitava era da cumplicidade do espectador, que ele entrasse no clima. Parei de me preocupar e fiz o filme como achava que deveria ser, achando que talvez encontraria meu público, o público que esse filme exige. Sundance foi muito importante porque descobri que havia público para meu filme. Fui depois a Berlim, e uma plateia completamente diferente também entrou no clima."
Sem nouvelle vague, e ambientado num universo mais particular - talvez -, A Fita Azul tem alguma coisa do clima de Frances Ha, o longa de Noah Bambauch, que tanto sucesso fez nos cinemas brasileiros. O fato de trabalhar com a repressão - e conceitos religiosos - pode ser que não torne tão atraente para o público mais descolado, mas essa história toda tem certo encanto. Ele passa pela atriz Julia Garner, que faz o papel, assim como o encanto de Frances depende muito da adesão do público à atriz e roteirista Greta Gerwig. "Tinha consciência de que meu filme dependia muito da escolha da atriz, e por isso fui rigorosa", conta Rebecca.
Depois de muitos testes - centenas -, ela chegou a Julia Garner. "Ela é o oposto da minha personagem. É judia, nova-iorquina, cosmopolita. Como uma pessoa assim pode encarnar uma interiorana ingênua e crédula? É um dos mistérios da arte. O fato de um ator, ou uma atriz, poder fazer uma personagem que lhe seja tão diversa. Julia me surpreendeu o tempo todo. Quando eu ia lhe dizer uma coisa, ela já tinha sacado tudo sobre a personagem. Acho que faço cinema para trabalhar com atores, com gente. Se não existe adesão, entrega, o filme não acontece."
O sucesso de A Fita Azul abriu portas para Rebecca Thomas. Agora mesmo, ela estuda, entre tantos ofertas, qual vai aceitar (e fazer).
Algumas ideias incluem TV. Na contramão do discurso que considera a TV mais criativa que o cinema nos EUA da atualidade, Rebecca não se interessa. "A TV é muito industrial, muito rápida. Enquanto puder, vou querer fazer cinema. Foi o cinema que me fez ter vontade de fazer filmes. Quero continuar fiel à minha primeira paixão."
A FITA AZUL - Título original: Electrick Children. Direção: Rebecca Thomas. Gênero: Drama. (EUA, 2012; 96 min.)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rock In Rio Lisboa é o primeiro festival em Portugal com sustentabilidade certificada
Via diariodigital.sapo.pt/
O Rock In Rio Lisboa é o primeiro festival com certificação de sustentabilidade em Portugal, e um dos primeiros no mundo, o que levou a organização a passar a medir o seu impacto social na comunidade, disse fonte da organização.
"É um dos primeiros [festivais a ter a certificação de sustentatibilidade] a nível mundial", disse à Lusa a coordenadora para área da Sustentabilidade do Rock In Rio Lisboa, Dora Palma, acrescentando que, "em Portugal, é o primeiro" festival com a certificação, assim como aconteceu no continente americano, através do Rock in Rio Brasil.
O Rock in Rio Lisboa obteve a certificação de acordo com a norma internacional de Sistemas de Gestão para a Sustentabilidade de Eventos ISO 20121.
"Estamos mais uma fez a ser pioneiros - e numa temática que não é muito comum aos eventos", como é o caso da sustentabilidade, reforçou.
Dora Palma avançou que, na edição deste ano, em Lisboa, que marca o 10.º aniversário do festival na capital portuguesa, o Rock in Rio decidiu levar mais longe a preocupação, tentando "mensurar os impactos sociais" na comunidade.
A ideia, esclarece Dora Palma, é encontrar formas de minimizar ou compensar os fatores negativos e potenciar os positivos, melhorando o desempenho global.
A vertente ambiental "está mais desenvolvida, porque, desde 2006, compensamos a 'pegada carbónica', o que quer dizer que fazemos o levantamento do que é o nosso impacto ambiental", disse Dora Palma, dando o exemplo da gestão de resíduos - que são conduzidos para valorização ou para reciclagem -, um problema central para este tipo de eventos.
"O mais complicado de documentar", porém, "são os impactos sociais", prossegue a responsável. "Sabemos que há um impacto económico, [que] melhora a qualidade de vida, mas vamos mexer com a dinâmica diária das pessoas" que habitam na área do Parque da Bela Vista. E são esses aspetos que vão agora merecer a atenção da organização.
A norma internacional de Sistemas de Gestão para a Sustentabilidade de Eventos ISO 20121 é atribuída depois de auditorias feitas pela Associação Portuguesa para a Certificação (APCER), e obriga as empresas a estruturarem a forma como funcionam e a registar todos os procedimentos, nos diferentes departamentos ou áreas de atuação.
"A ISO veio obrigar-nos a documentar os nossos processos, e uma das surpresas foi que o Rock In Rio já aplicava muitas das medidas sugeridas", afirmou Dora Palma à Lusa, realçando que também se trata do reconhecimento de que "já se fazia muita coisa, a nível ambiental, social e económico".
O festival foi igualmente escolhido pela organização EE Music para caso de estudo, a nível nacional, devido às práticas de eficiência energética e sustentabilidade.
O Rock in Rio Lisboa 2014 realiza-se nos próximos dias 23, 25, 30 e 31 de maio e 01 de junho e, até agora, já estão confirmadas as presenças de Robbie Williams, Linkink Park, Queen of the Stone Age, Arcade Fire e Justin Timberlake.
O festival espera receber mais de 30 mil pessoas de todo o país
Foto(s): Divulgação
Considerado um dos principais festivais de pop rock do país – o maior de um dia – a 13ª edição do João Rock está confirmada para o dia 31 de maio de 2014, em Ribeirão Preto, a 300 quilômetros de São Paulo.
A maratona musical, promovida pelo Banana´s Eventos, chega à sua 13ª edição, trazendo importantes nomes da música nacional em apresentações especialmente preparadas para o festival. Segundo os organizadores, mais de 13 bandas se apresentarão nos 3 palcos do evento, proporcionando ao público cerca de 12 horas de música sem intervalos.
Para este ano, o festival espera receber mais de 30 mil pessoas de todo o país. A programação completa das bandas que se apresentarão no João Rock deve ser anunciada em breve.
Save The Date!!!
João Rock 2014 Data: 31 de maio de 2014 Local: Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto – São Paulo - Brasil Facebook: festivaljoaorock Twitter: @joaorock
Músico elogiou bandas Baroness e Kvelertak (Getty Images)
Não é segredo que o rock e metal não andam em uma fase muito produtiva nos últimos anos.
No entanto, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, se mostrou realmente preocupado com o futuro dos gêneros. Em uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, o músico manifestou sua opinião.
"Acho que seria incrível se houvesse uma banda para balançar tudo de novo. Eu só não sei quem pode ser. Acho que a banda mais legal para mim nos últimos dois anos é a Baroness", comentou o músico.
Ele aproveitou para citar outro grupo promissor. "Também adoro os noruegueses do Kvelertak. Mas não sei se alguma dessas bandas pode levar o rock e o metal às alturas de verdade" ", afirmou Ulrich, durante o bate-papo.
GRITO ROCK de Sinop, MT, está com inscrições abertas para bandas.
Da Redação/http://www.odocumento.com.br/
O Festival chega a 12ª edição, conectando o interior do Brasil e vários países da América Latina, Europa, África e América do Norte, entre fevereiro e março.
Bandas interessadas em tocar na 4ª maior cidade de Mato Grosso, na 4ª edição do “Grito Rock”, poderão se inscrever gratuitamente na plataforma do TNB – Toque no Brasil, na oportunidade aberta hoje através do link: tnb.art.br/rede/oficinadamata e que se estenderá até o dia 15 de fevereiro.
Ao todo, serão selecionados 05 artistas/bandas, com trabalhos autorais, de todas as idades e gêneros, para se apresentarem no evento a ser realizado nos dias de 21 e 22 de março no bar cultural Xingú.
O Grito Rock em Sinop será produzido pelo Coletivo “Oficina da Mata” e segundo Luan Santos, coordenador de Produção do evento, o Grito Rock oportuniza ao produtor um leque amplo de campanhas e uma a ser inserida no Grito Rock Sinop 2014 é o “Grito Gay”, debatendo de forma macro a questão LGBT local.
"A proposta é de fomentar o cenário musical, provocando possibilidades diversas de integração com outras linguagens, seja através dos shows e/ou através de debates sobre Cultura, Comunicação e Comportamento", explica Luan.
O Grito Rock Mundo é um festival colaborativo realizado pelo Fora do Eixo, iniciativa financiada pelo Fora do Eixo Card e produzido com o apoio do Toque no Brasil.