Inflação sobe 0,37% em agosto e acumula 7,23% em 12 meses
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação de 0,37% em agosto,
divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (6).
A taxa é superior à verificada em julho (0,16%). Em agosto de 2010, o índice havia sido
de 0,04%.
Mais uma vez, o IPCA, índice oficial de inflação do país, ficou acima do teto da meta
do governo --de 6,5% para 2011. No acumulado em 12 meses, a taxa foi de 7,23%.
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De janeiro a agosto, o índice soma uma inflação de 4,42%, segundo o IBGE. A taxa
acumulada em 12 meses é a mais alta desde julho de 2005, quando havia sido de 6,57%.
O IPCA acelerou de julho para agosto em razão das altas do grupo alimentação, que havia
registrado queda de 0,34% em julho e subiu 0,72% em agosto. O grupo habitação também
contribuiu para a elavação do índice, com alta de 0,32% em agosto.
Entre os alimentos, a maior pressão veio das carnes, que, após recuo de 1,12% em julho,
subiram 1,84%, em agosto. No grupo habitação, o destaque de alta ficou com o aluguel,
com variação positiva de 1,06%.
Ainda no grupo alimentação, também pressionaram a inflação de agosto a taxa de água e
esgoto (1,05%) e os eletrodomésticos (2,38%).
Outro foco de aceleração dos preços veio do grupo vestuário, cujos preços avançaram de
0,10% em julho para 0,67%.
O único grupo que trouxe alívio à inflação foi o de transportes, com taxa negativa de
0,11% em agosto --após alta de 0,46% em julho. A deflação ocorreu devido a redução dos
preços das passagens aéreas (-5,95%) e dos automóveis novos (-0,37%) e usados (-0,61%).
Diante da alta da alimentação, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que
mede a inflação das famílias de renda menor (de 1 a 6 salários mínimos), subiu mais do
que o IPCA: 0,42% em agosto. O índice --no qual o grupo alimentação tem peso maior--
acumula alta de 7,40% em 12 meses.
O IPCA usa a mesma metodologia do INPC, mas se refere às famílias com rendimento de 1
a 40 salários mínimos
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