Abaixo trechos de entrevista com Iggor Cavalera sobre o SEPULTURA, ROOTS e reunião para o "Give the Drummer Some! Podcast".
IGGOR CAVALERA: "A coisa mais legal no SEPULTURA, era que nós fazíamos a música que amávamos e claro que as turnês, que não eram só diversão, viajávamos como loucos para fazer shows. Nas turnês do ARISE/CHAOS AD, fizemos centenas de shows o que é legal mas você se torna um robô, não tem família, não tem aniversários, natal, então tinha muito sacrifício mas também muita diversão em fazer. Tocar em festivais, casas de shows que a gente sonhava em tocar, como o MARQUEE em Londres naquela época, era muito legal de fazer mas tinha muito trabalho envolvido também. Nos tempos do ROOTS, eu me lembro de viajar por 15 dias a lugares diferentes somente para dar entrevistas que era a estratégia da época para se promover o disco."
IGGOR CAVALERA: "É engraçado porque eu comecei tocando ritmos brasileiros antes mesmo de pensar em formar o SEPULTURA, no ROOTS foi uma volta ao início, trazer aqueles elementos para o que nós estávamos fazendo foi muito mais legal do que fazer algum tipo de pesquisa. Foi muito legal revisitar aqueles velhos beats que eu costumava tocar e tentar incorporar na música. Tive um ótimo momento, foi muito legal e não uma coisa chata de se fazer. O Roots foi totalmente por acidente, nós já estávamos indo por esse caminho. No final, olhamos o álbum todo e ele estava conectado."
IGGOR CAVALERA: "Eu não sinto muita falta do SEPULTURA pelo que faço agora com o MAX no CAVALERA CONSPIRACY. Nós pegamos as músicas que compusemos quando tínhamos 15/20 anos e tocamos ao vivo. A gente curte fazer isso, especialmente porque você chega numa certa idade que você quer fazer as coisas sem drama e é isso que eu estou fazendo, seja com o MIXHELL com a minha esposa (LAIMA LEYTON) ou com o MAX no CAVALERA CONSPIRACY. Eu faço isso com as pessoas que amo, que curto estar junto fazendo turnê ou viajando. Antes de voltar a tocar com o MAX, nós voltamos a sermos irmãos e depois ele me convidou para fazer música. Achei muito legal porque era um projeto novo e não recriar o SEPULTURA, era um projeto para tocar música que a gente gosta. Isso que foi legal, tocar com pessoas que você tem uma química forte, uma conexão forte e tocar o que você gosta sem pensar muito, isso que a gente faz com o CAVALERA CONSPIRACY, é mais diversão do que qualquer outra coisa. Compomos e gravamos sem dramas ou sofrimento. A gente faz o que tem que fazer, passa um tempo juntos e curte isso."
IGGOR CAVALERA: "De verdade, eu nem me importo, se estão trabalhando nisso (reunião) e não está caminhando, isso pode ser mais um chamariz. Não é uma coisa que faz parte da minha vida, fazer a reunião ou qualquer coisa do tipo, então não me incomoda. Nós apenas focamos em coisas diferentes, como o CAVALERA CONPIRACY ou MIXHELL, essas são as coisas que são reais, é o que está acontecendo agora. Eu não gasto energia pensando nisso, sei que muita gente continua me perguntando sobre isso mas não é uma coisa que eu acordo pensando! Em muitas entrevistas me perguntam sobre a reunião mas no dia a dia, não é uma coisa que faz parte da minha vida, não me incomoda."
Fonte: Whiplahs
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