Bradock, segundo a polícia, chefiou o ataque de bandidos contra a UPP da Rocinha, há quase um mês. No confronto, o comandante-geral das UPPs e a comandante da UPP da favela ficaram feridos. Paulo roberto Santos não reagiu à prisão.
Investigações feitas pela delegacia da Polícia Civil — criada na Rocinha no fim do ano passado — revelam uma estratégia dos traficantes. Imagens gravadas pelas câmeras de monitoramento da UPP mostram prestadores de serviço do tráfico. Homens que agem sem fuzis ou pistolas, e têm o objetivo de atrapalhar o trabalho da PM.
O flagrante foi feito no dia 25 de dezembro de 2013. Depois de uma apreensão de uma mochila, com armas e drogas, uma equipe da Polícia Militar foi cercada por vários homens. Havia muita discussão, mas os PMs não reagiram.
Um homem jogou dois tijolos no carro da UPP. Em seguida, empurrou e chutou um policial.
O PM tentou prendê-lo, mas foi contido por uma pessoa. Um rapaz de camisa verde escura atingiu o carro com uma pá de lixo. Foram oito golpes, que quebram os vidros traseiro e lateral. Um rapaz bateu na viatura com um cabo de vassoura e mais tijolos acertam o carro.
“O policial precisa realmente ter uma tolerância acima do normal para, exatamente, lidar com esse tipo de atuação técnica. Esses elementos são criminosos que têm o nítido objetivo de desestabilizar a atuação policial, enfraquecer a atuação policial preventiva na comunidade e causar a desordem”, disse o delegado Gabriel Ferrnado, da 11ª DP (Rocinha).
Identificação
A polícia conseguiu identificar quatro homens que, segundo o delegado, participaram do quebra-quebra. São eles: Alex Duarte Monteiro, de 21 anos, Clayton Vieira Alves, de 25 anos, foi ele quem jogou tijolos na viatura e agrediu um dos PMs. Jony Moreira de Lima, 21 anos, foi o rapaz que usou uma pá para destruir o carro, e Leandro Oliveira Coelho, de 31 anos. No início do tumulto, ele tentou conter os ânimos, mas, depois, também quebrou um tijolo na viatura.
O delegado informou que todos têm passagens pela polícia e que vai pedir a prisão deles por sete crimes. "Nós conseguimos identificar grande parte dos elementos e eu irei pedir a prisão desses criminosos pelo crime de associação para o tráfico”, afirmou o delegado. Diariamente, policiais da UPP da Rocinha trocam tiros com traficantes e moradores estão preocupados com o aumento da violência.
A comandante da UPP da Rocinha pediu a ajuda da população. “Não há ação nenhuma que aconteça nessas comunidades em processo de pacificação, inclusive aqui na Rocinha, que venha impedir o trabalho da Polícia Militar, que venha desmotivar o trabalho da Polícia Militar e que venha alterar qualquer tipo de planejamento. Pelo contrário, a gente a partir desse momento é uma oportunidade de a gente pedir aos moradores que denunciem, que contribuam com o nosso trabalho diário aqui pra que a gente, num menor tempo possível, a gente consiga retirar esses marginais dessa comunidade que é uma comunidade maravilhosa”, afirmou a major Priscila
Fonte: G1