Depois de Ozzy Osbourne, Blind Guardian, The Cure entre outros, o Sepultura também resolveu fazer seu próprio festival. Batizado de Sepulfest, o evento teve sua primeira edição realizada no última dia 25 de Setembro, no Espaço das Américas, em São Paulo.
Um dos pontos positivos foi a organização. Além da iniciativa de reduzir pela metade o preço do ingresso de quem levasse um quilo de alimento, os shows começaram quase sem nenhum atraso e contaram com som adequado. Stands variados ainda foram montados dentro do local e, no intervalo de cada apresentação, o guitarrista Marcelo Mello mostrava suas habilidades num palco alternativo.
A noite do Thrash Metal começou com os já veteranos do Claustrofobia. O grupo liderado pelo guitarrista e vocalista Marcus D’angelo fez um ‘set’ curto, mas com muita competência e energia. Apesar de tocar para um número considerável de pessoas, o público ainda estava entrando e havia fila do lado de fora. Mesmo assim eles deram seu recado, rápido e direto.
Logo depois foi a vez do Massacration, a nova sensação do Heavy Metal nacional, subir ao palco. É impossível não se divertir com a performance do grupo formado pelos humoristas do Hermes & Renato. Eles abusam de forma hilária de todos os clichês do gênero e conseguiram entreter todos os presentes com seus refrãos e letras sem o menor sentido.
Na seqüência veio o Nação Zumbi. Apesar de não ter uma sonoridade tão agressiva quanto as outras atrações do festival, o grupo não deixou o clima esfriar e mostrou que música pesada não precisa ser necessariamente rápida e nem cantada em inglês. Conseguiram fazer uma performance digna e muito aplaudida, em meio a milhares de ‘headbangers’, com seu “Maracatú de 1 Tonelada”.
Mas foi aí que a coisa começou a esquentar pra valer, com a entrada do Ratos de Porão. Quem já assistiu a um show do grupo sabe que João Gordo e companhia não brincam em serviço. A banda tocou, sempre na velocidade da luz, antigos clássicos como “Beber Até Morrer” e “Crucificados Pelo Sistema” e também outras músicas mais recentes como “Próximo Alvo”. Saldo final: muita gente feliz e muito trabalho para os seguranças, que tentavam acalmar os mais exaltados e evitar maiores confusões.
Eis que, depois das 22h, o ilustre Zé do Caixão sobe ao palco para anunciar o principal nome da noite, o Sepultura. Após uma longa e chata introdução instrumental, a banda entra literalmente quebrando tudo com “Troops Of Doom”. Para êxtase geral, o ‘set list’ deu prioridade ao álbum “Chaos A.D.” e vieram faixas como “Propaganda” e “Slave new World”, “Nomad”, “Kaiowas” (com Nação Zumbi), “Refuse/Resist”, “Territory” e “Biotech Is Godzilla” (com João Gordo).
O vocalista Derrick Green assumiu a guitarra em algumas músicas e demonstrou total controle do palco. Já Andreas Kisser, Paulo Jr e Igor Cavalera continuam perfeitamente entrosados e provaram mais uma vez que o Sepultura ainda tem muita estrada pela frente. Destaque ainda para “Desperate Cry”, “Sepulnation” e para a mais nova “Come Back Alive”. A única que não empolga muito ao vivo é versão de “Bullet The Blue Sky”, do U2, mas nada que comprometa o show.
No fim das contas, o Sepulfest foi muito bem sucedido graças aos preços acessíveis, facilidade para se chegar ao local (em frente ao metrô), boa estrutura e qualidade no ‘cast’. Que venham outras edições.
Opinião: Eu estava la nesse show, e posso confirmar tudo que esta escrito ai, no texto retirado do territoriodamusica, tudo nesse show foi perfeito, do preço, passando pela organização e finalizando com os shows, tendo apenas uma ressalva.
Porque acabou ???
Fonte: Territoriodamusica